sábado, 17 de julho de 2010

Inverta a perspectiva



Por Ligia Borges

Há alguns meses decidi experimentar outra maneira de olhar para as coisas, uma nova forma de administrar os conflitos. Resolvi testar um novo jeito, troquei o foco, ou simplesmente, nas palavras de um grande amigo, decidi inverter a perspectiva.

Um dia acordei e falei para mim mesma: “ acho que estou chata, ando reclamando demais, vou mudar a forma de encarar os conflitos”. Simples assim, decidi inverter a perspectiva: parei de querer que as pessoas tivessem atitudes e comportamentos diferentes, parei de me cobrar por coisas que não dependem de mim, parei de querer que tudo aconteça no meu tempo, parei de sofrer pelo que nem aconteceu ainda, parei, parei, parei...

Resolvi ficar feliz por tudo que já conquistei até o momento. Comecei a aceitar que cada um é cada um, e em nome da boa convivência e da boa saúde, não devo insistir para que isso seja diferente. Comecei a aprender que tudo acontece no tempo certo e na hora propícia.

Comecei a rever posturas. E nos momentos em que tudo parecia conspirar contra, respirei fundo, coloquei óculos novos, busquei outra forma de enxergar o fato ou a situação conflitante. Desde então percebi que podemos sim, ter uma postura mais atuante em relação a nós mesmos e, principalmente, em relação ao outro.

O resultado dessa experiência tem sido extremamente positiva,tanto para mim, quanto para as pessoas a minha volta, imagino eu. Se você quer melhorar a convivência com o outro (vizinho, amigo, namorado, pai, mãe, colega de trabalho...), comece olhando as suas próprias atitudes, faça isso não só pelo outro, mas principalmente por você mesmo.

Duas frases traduzem bem o que é inverter a perspectiva: “ Se não podemos mudar os fatos, podemos administrar nosso jeito de lidar com eles”, Lya Luft. A outra é do pacifista Mahatma Gandhi, “seja você a mudança que deseja ver no mundo”.

Não é complexo de Polyana ou jogo do contente. Tem dias que a gente acorda com a macaca mesmo, e tem que reclamar para não explodir, mas o que não pode é prolongar o conflito. Também não se trata de comodismo. É preciso defender os nossos pontos de vista e buscar a realização dos nossos desejos e planos.

Mas de vez em quando é bom inverter a perspectiva, experimentem, façam o teste, nem que seja por um dia ...

3 comentários:

  1. Muito boa essa reflexão. Ao ler o texto me senti parte disso, me identifiquei muito. Parece até que faço parte dessas conversas. Parabéns

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  2. Hahahhahahahahhahha... pq será né?
    bju Louiz

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  3. É isso aí, doida! Muito jogo de cintura para lidar com os desafios! Te mandei um selinho! Vá em http://donaisabela.blogspot.com e descubra. Bjos!

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