quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Boas Festas e feliz 2011



Por Ligia Borges

Pois é ... 2010 tá acabando minha gente... cuidemos então, porque 2011 já bate a nossa porta.

Final de ano é bom para fazermos aquelas retrospectivas do ano que passou. Para mim 2010 foi um ano excelente, ganhei novos amigos e me aproximei ainda mais dos amigos antigos. Foi um ano de muita aprendizagem, conquistas, desafios ... só tenho agradecer a Deus por tudo.

Dia desses lia uma reportagem sobre a felicidade, publicada na revista do Correio Braziliense, jornal que circula na nossa capital. A matéria falava sobre a busca pela felicidade. Havia um boxe com 12 dicas para ser mais feliz.Achei interessante e resolvi reproduzi-las aqui , desejando que você, caro leitor, as coloque em prática e seja mais feliz em 2011. Aliás, comece agora!!!

1-Tenha amigos;
2-Pratique uma religião;
3-Não se compare aos outros;
4-Conte as coisas boas da vida a alguém ou faça um diário;
5-Escute música;
6-Mexa-se;
7-Tenha um plano;
8-Seja gentil;
9- Trabalhe com o que gosta;
10-Perdoe;
11-Faça uma faxina em sua mente;
12-Procure ajuda;


PS1: A foto acima foi tirada em dezembro de 2009. É a Esplanada dos Ministérios.
PS2: Boas festas para todos... a gente se vê em 2011!!!!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Senna: o brasileiro, o herói, o campeão


Por Ligia Borges

Documentário dirigido por Asif Kapadia. Esta produção britânica apresenta imagens inéditas, cedidas pela família de Senna e pelo inglês Bernie Ecclestone - detentor dos direitos comerciais da Fórmula 1. O filme conta a trajetória do piloto campeão brasileiro, herói nacional imortalizado pela carreira interrompida num acidente trágico e fatal. Aliás, mais do que isso, este trabalho mostra a trajetória do homem Senna.

Por meio dos depoimentos coletados por quem o conhecia de perto, o diferencial deste documentário é trazer o outro lado do herói que encantou o Brasil. Como próprio Senna diz em algumas entrevistas, o que mais buscava na vida era evoluir como ser humano. Ele deixa claro que o seu desafio diário era aprender sempre, cada vez mais e mais.

Particularmente, devo confessar que eu não era fã das corridas de fórmula 1, nem passei a ser só por causa do documentário. Na época em que o Senna causava todo o frenesi no Brasil e no mundo eu estava muito mais preocupada com as minhas bonecas do que qualquer outra coisa. Mas assistindo a este documentário me tornei uma fã do ser humano Senna, mais do que do próprio piloto.

O auge da carreira de Senna aconteceu numa época em que o Brasil enfrentava uma situação muito ruim, com muita miséria e pobreza. Ele era a alegria do povo brasileiro, o orgulho, o exemplo, a válvula de escape dentro uma realidade triste. Ninguém queria perder a definição da pole position no sábado. Sair de casa no domingo pela manhã sem ver a largada da corrida, nem pensar.

O filme mostra a revolta do piloto com os interesses dentro da fórmula 1, a personalidade forte para se manter fiel aos próprios valores e idéias, a simplicidade, a dedicação, a franqueza , a fé em Deus, o apego a família, o carinho com os fãs. A soma disso tudo fez com que ele fosse essa grande personalidade, admirada pelos brasileiros.

Caro leitor, se tiver oportunidade assista a este filme no cinema. É ótimo ver as pessoas se emocionarem, reviver momentos ao assistirem as imagens do Senna na telinha. Elas torcem, vibram, riem, ficam indignadas e até choram. Na sessão em que assisti ninguém levantou até que todos os créditos tivessem sumido da tela. Tem uma surpresinha no final do filme: cenas do Senna (rsrsr) na praia ao som de Maracatu Atômico, de Chico Science. Imperdível.


Gênero: Documentário Direção: Asif Kapadia Elenco: Alain Prost , Frank Williams , Ron Dennis , Viviane Senna , Milton da Silva Produção: Tim Bevan, Eric Fellner e James Gay-Rees Nacionalidade/Ano: Brasil/2010 Duração: 90 min

domingo, 3 de outubro de 2010

Comer, Rezar e Amar


Por Ligia Borges

Adaptação para as telas do livro homônimo da escritora Elizabeth Gilbert, Comer, Rezar e Amar é daqueles filmes que nos deixam reflexivos. Isso porque ele mergulha nos dilemas humanos, no fundo todos nós temos um pouco de Elizabeth, a doce Liz – personagem principal estrelada por Julia Roberts.

O filme, dividido em três partes, conta a história de Liz, uma escritora que resolve largar tudo para ir à busca do autoconhecimento. Infeliz nos relacionamentos e sentindo-se vazia, mesmo tendo sucesso profissional, a nossa heroína resolve dar um tempo e rompe com todas as amarras que a faziam sentir-se incompleta, mergulhando num momento conturbado, com direito a todo o sofrimento que o desprendimento costuma trazer.

A viagem da escritora começa pela Itália....,” mama mia”, humm prepare o estômago. Essa é a parte do filme que tem a ver com o Comer. A escritora resolve resgatar na Itália um dos seus maiores prazeres: o gosto pela boa comida. Ah, eu recomendo a você caro leitor a não assistir ao filme com o estômago vazio. É na Itália também que a o escritora descobre o prazer pelo não fazer nada. Aliás, essa é uma grande lição dada pelos italianos no filme: relaxar e sentir alegria em ficar sem fazer nada. É claro que não se trata de uma apologia ao ócio, mas se permitir ficar a toa de vez em quando.

Depois desses dias na Itália, Liz segue para um encontro com a religião. Essa é a parte que corresponde ao Rezar na história. Na Índia, ela aprende a esvaziar a mente por meio da meditação. Outro ponto interessante no filme é que histórias paralelas de outros personagens - que cruzam o caminho de Liz- nos permitem mergulhar no universo de outras culturas.

O terceiro caminho desse tripé, o Amar, passa-se em Bali na Indonésia. Neste lugar de paisagens belíssimas, a escritora conhece Felipe, um brasileiro vivido na história por Javier Bardem. Esta parte “tenta” retratar os hábitos brasileiros já que o “mocinho” da história, marido de Liz na vida real, é um brasileiro. Digo tenta porque essas representações Hollywoodianas acerca do Brasil sempre esbarram no caricato e no lugar comum. Mas valeu a tentativa e acho que o nosso país esteve bem representado no filme pela canção “ Samba da benção” que diz “ é melhor ser alegre do que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe”. Ponto positivo também para a tentativa empenhadíssima do galã Bardem ao arriscar umas palavrinhas em português.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Este blog me faz sorrir



Por Ligia Borges

Gente, preciso me organizar melhor e estabelecer uma periodicidade na exposição das ideias. É que os últimos dias foram intensos, cheios de emoções fortes, mudanças, coisas novas. Mas já estou de volta e cheia de idéias para trocar com vocês. Há alguns dias o A ideia é ganhou este selinho da Dona de Casa Desesperada, um blog bem interessante para aqueles que já encaram o desafio de comandar o próprio lar, e também para aqueles que ainda sonham com essa conquista. Dêem uma passada lá, o Dona de Casa... tem oferecido dicas valiosas.

Pois bem, agora a minha missão é contar nove coisas sobre mim e passar esta idéia para nove companheiros blogueiros que mereçam este selo. Vamos nessa?

1) Como vocês sabem, sou jornalista diplomada (sim eu defendo a regulamentação e valorização do diploma de jornalista). Adoro a minha profissão. Atualmente trabalho como assessora de imprensa;

2) Sou baiana, mas perdi meu sotaque faz um tempo, se é que cheguei a tê-lo . Nasci numa cidade do interior da Bahia, chamada Ipirá, localizada a 1 hora de Feira de Santana e a mais ou menos 2 horas de Salvador. Só para constar, minha cidade existe no mapa e também no Google;

3) Adoro Brasília, sou candanga de coração, o céu dessa cidade é o mais belo;

4) Minha cor favorita é verde, cor da esperança, das florestas;

5) Sou canceriana, família, sensível, romântica, teimosa, apegada,ansiosa, preocupada, dedicada,ciumenta (esta última característica disfarço bem);

6) Um dos meus livros favoritos é Vidas Secas, de Graciliano Ramos;

7) Sei fazer mousse de maracujá, mas o último que fiz não ficou tão bom;

8) Se um gênio me concedesse um desejo: pediria a ele para acabar com a fome no mundo;

9) Um dos meus projetos: viajar por todo o Brasil, de norte a sul, do Oiapoque ao Chuí.

Os blogs contemplados com o selinho. Vamos lá:

1)Por Andrea Fassina - http://gastropiniao.blogspot.com/

2) Por Mônica Pinheiro- http://revolucoesdeanonovo.blogspot.com/

3) Por Carolina Martins- http://pitacosepetiscos.wordpress.com/

4) Por Duda Rangel- http://desilusoesperdidas.blogspot.com/

5) Por Rinaldo de Oliveira- http://rinaldogoodnews.blogspot.com/

6)Por Pamonha Fresca- http://pamonhafresca.blogspot.com/

Desta vez, ficarei apenas com seis indicações!!!

sábado, 17 de julho de 2010

Inverta a perspectiva



Por Ligia Borges

Há alguns meses decidi experimentar outra maneira de olhar para as coisas, uma nova forma de administrar os conflitos. Resolvi testar um novo jeito, troquei o foco, ou simplesmente, nas palavras de um grande amigo, decidi inverter a perspectiva.

Um dia acordei e falei para mim mesma: “ acho que estou chata, ando reclamando demais, vou mudar a forma de encarar os conflitos”. Simples assim, decidi inverter a perspectiva: parei de querer que as pessoas tivessem atitudes e comportamentos diferentes, parei de me cobrar por coisas que não dependem de mim, parei de querer que tudo aconteça no meu tempo, parei de sofrer pelo que nem aconteceu ainda, parei, parei, parei...

Resolvi ficar feliz por tudo que já conquistei até o momento. Comecei a aceitar que cada um é cada um, e em nome da boa convivência e da boa saúde, não devo insistir para que isso seja diferente. Comecei a aprender que tudo acontece no tempo certo e na hora propícia.

Comecei a rever posturas. E nos momentos em que tudo parecia conspirar contra, respirei fundo, coloquei óculos novos, busquei outra forma de enxergar o fato ou a situação conflitante. Desde então percebi que podemos sim, ter uma postura mais atuante em relação a nós mesmos e, principalmente, em relação ao outro.

O resultado dessa experiência tem sido extremamente positiva,tanto para mim, quanto para as pessoas a minha volta, imagino eu. Se você quer melhorar a convivência com o outro (vizinho, amigo, namorado, pai, mãe, colega de trabalho...), comece olhando as suas próprias atitudes, faça isso não só pelo outro, mas principalmente por você mesmo.

Duas frases traduzem bem o que é inverter a perspectiva: “ Se não podemos mudar os fatos, podemos administrar nosso jeito de lidar com eles”, Lya Luft. A outra é do pacifista Mahatma Gandhi, “seja você a mudança que deseja ver no mundo”.

Não é complexo de Polyana ou jogo do contente. Tem dias que a gente acorda com a macaca mesmo, e tem que reclamar para não explodir, mas o que não pode é prolongar o conflito. Também não se trata de comodismo. É preciso defender os nossos pontos de vista e buscar a realização dos nossos desejos e planos.

Mas de vez em quando é bom inverter a perspectiva, experimentem, façam o teste, nem que seja por um dia ...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Dormi com Drummond

Ganhei este texto de presente de um amigo muito querido. Gostei tanto que me senti na obrigação de compartilhar com vocês. Boa Leitura!!!!


Dormi com Drummond


Por Paulo Henrique Araújo


Era uma daquelas tardes de terrível calor na minha ainda bela cidade. Terrível para mim, preso ao trabalho e as incertezas de meu coração. O calor assim como a angústia sempre teve o poder de me sufocar. Sai andando pelas ruas que já há muito tempo conhecia, tão intimas de mim como eu próprio de minha solidão. E andei talvez muitos anos naquela tarde de trinta e tantos graus, que o asfalto tornava mais quente. Revivi os momentos mais doces e as palavras mais amargas. Refiz meu rosto várias vezes nas calçadas e ouvi uma voz a me incomodar os pensamentos.

Pensei em viajar e me atirar nos braços do mar mais uma vez... Ter quem sabe aquela sensação de infinito e calmaria que busco nesse momento. Lembrei daquele ano de 1998, quando ganhei o meu primeiro livro de Drummond, aquele livro usado e amarelado pelo tempo, estava sempre tão próximo na estante de minha avó e eu o evitava, porque não sabia como entender o que realmente o autor queria dizer, e fingia não estar interessado.

Abafando a grande curiosidade e admiração que a cada linha crescia mais e mais por aquelas historias, pelo “vestido na parede”, “pelo desaparecimento Luiza Porto”. Poeta que me desafiava com os olhos, por trás daqueles óculos e me deixava inseguro por seu semblante inofensivo, vai “Carlos ser gauche na vida”.

Fui aos lugares que costumava me reencontrar. Respirei profundamente aquele ar, como quem busca na memória um perfume. Lembrei das promessas que me fiz e ainda não cumpri, livros não terminados, rascunhos de cartas, lembretes. Tanta coisa para arrumar, coisas que talvez nem lembre mais. Andei um pouco mais e não dei nem dez passos. Senti em cada lugar que olhava as palavras do poeta maior, o “sentimento do mundo” e nem percebi que já era tarde, tão tarde para qualquer curativo nos calos do meu coração.

Abri a porta da casa, olhei, mas nada vi. Enxerguei apenas um bloco de concreto bem acabado e cheiroso. Percebi que estava demasiadamente crescido para tanta preocupação. Ouvi as conversas costumeiras de como seria o dia e que mais uma vez o ano passou a galope. Mas fiquei sem vontade de falar também de como sentia falta dos anos que passaram. O meu medo de perder a hora. A hora de começar a viver como se deve viver. A hora de ter certeza de que estarei aqui fazendo parte da historia que vivo hoje.

Dormi então sem uma resposta, longe de ter a cabeça vazia de pensamentos. E acordei tremendamente feliz, alguns anos mais novo e pronto para botar o pé no mundo e sair em busca de um grande tempo perdido.

domingo, 6 de junho de 2010

Organização familiar das harpias

Parece até capítulo de livro de biologia. Mas a inspiração para estas idéias veio de um programa de TV sobre a vida selvagem, nas florestas brasileiras. A espécie em questão é a harpia, mais conhecida como gavião-real, uma das aves de rapina mais poderosas do mundo, e que atualmente encontra-se ameaçada de extinção.


No topo de uma árvore de 30 m de altura, na Alta Floresta no Mato Grosso, a mamãe harpia prepara o ninho para o novo membro da família. O pai muito dedicado a ajuda nesta tarefa. Durante dias, recolhem galhos secos. E depois, passam cerca de seis meses alimentando o filhote. Segundo a reportagem, “Mesmo quando parece estar sozinho, o casal está por perto. A mãe é a que mais fica no ninho. Para o filhote, o ninho significa segurança, de onde ele não sai. Só se arrisca na borda na hora das necessidades básicas”.


Os meses vão passando e a pequena harpia aos poucos vai “soltando as asas”, ficando independente, aprendendo a se virar sozinha, tudo isso sob o olhar atento e protetor dos pais. Antes de partir no primeiro vôo, a pequena ave se arrisca, escorrega nos galhos, cai, levanta, tenta o vôo novamente e consegue. Começa a ganhar tranqüilidade, sai do ninho mais vezes, “parece sentir o gosto da liberdade”, como descreve o repórter que acompanha esta aventura. Mas o ninho continua sendo a referência da pequena ave.


Ao perceberem que o filho ganhou segurança para enfrentar a vida, os pais desmancham o ninho numa forma de mandar o filhote seguir adiante. Agora eles estão tranqüilos, ensinaram a pequena harpia a se virar sozinha na floresta.


Bem, esta é a organização familiar das harpias, uma estrutura simples e sólida, um exemplo a ser seguido pela estrutura familiar humana. Muitas famílias pulam a fase do cuidado e proteção e deixam seus filhos livres quando estes mais precisam da segurança de um ninho. Outras vezes, aprisionam seus filhos numa redoma quando o que eles mais precisam é “sentir o gosto da liberdade”, enfrentando a vida e aprendendo a se virar sozinhos.


Assista à reportagem completa:http://bit.ly/cuNMsx

Cred foto: Globo Repórter.

domingo, 9 de maio de 2010

Apenas algumas reflexões triviais


Pintura de Claude Monet

Já faz uns dias em que não coloco as minhas idéias no papel. Sinto falta, pois escrever liberta. O tema do post de hoje? Nada de especial, caro leitor. Apenas meras reflexões . Não passam de constatações corriqueiras e cotidianas, talvez.

Pois bem... dia desses, estava eu num consultório médico a espera da consulta. Para passar o tempo e tranqüilizar a espera comecei a olhar uma das revistas, itens indispensáveis em qualquer sala de espera (tática quase infalível para controlar a ansiedade das pessoas).

Na revista em que folheava encontrei uma pequena crônica. O texto simples era uma lista de resoluções de vida, daquelas que costumamos fazer nos finais de ano. Cada item desta lista apresentava uma mudança de atitude nossa que poderia nos tornar uma pessoa melhor.

Essa lista me fez pensar em como é importante termos metas de vida, traçar objetivos, e principalmente sonhar. Atrevo- me a dizer que a maior riqueza de uma pessoa são os sonhos dela. Uma pessoa sem sonhos está imersa no vazio, a vida perde o sentido. Os sonhos, assim como a esperança, é o que nos leva a seguir em frente. Mais uma vez a sabedoria popular pede passagem “ a esperança é a última que morre”.

É muito triste quando alguém diz que não tem mais sonhos nem esperança. É preciso pensar nestas duas palavrinhas a cada dia em que acordamos. Quando os sonhos são realizados e os desejos alcançados é preciso descobrir novos sonhos.

É preciso sempre acreditar no próprio sonho. Todas as vezes em que me dizem que não vou conseguir algo, transformo essa energia em motivação. Digo a mim mesma “ vou te provar que irei conseguir sim”. O impossível só é impossível até alguém ir lá e torná-lo possível.

Caros leitores, cada um tem a sua própria forma de administrar sua lista de resoluções. Desejo que cada um de vocês redesenhe os seus sonhos a cada dia, e principalmente trabalhem muito para torná-los realidade. E quando conseguir concretizá-los, redescubram novos sonhos e comecem tudo de novo.

Este o sentido da vida. A felicidade existe para nunca ser alcançada porque ser feliz é essa eterna busca pela felicidade. E são as pequenas conquistas dessa busca que tornam a vida mais doce. Certa vez li em algum lugar que ter esperança é ser feliz com o que ainda nem aconteceu, pois bem... pensem nisso.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Quer um conselho?

Oráculo de Delfos na Grécia

Tem um ditado popular que diz “se conselho fosse bom, ninguém dava de graça”. Mas será verdade? Quem de nós não costuma recorrer aos amigos, à família pedindo um bom conselho na hora em que a coisa aperta? Na maioria das vezes sabemos qual direção seguir, mas pedimos o conselho só para ter aquele empurrãozinho, uma espécie de afirmação na nossa opinião, um apoio para as nossas idéias.


O problema é quando uma pessoa muito próxima e na qual confiamos nos aconselha a seguir uma direção diferente. E ai? Como proceder? O melhor conselho é: siga a própria intuição. Mas é preciso autoconhecimento para conseguir escutar aquela “voz” interior chamada consciência.


O hábito de pedir conselho é mais antigo do que imaginamos. Uma das primeiras fontes de conselho de que há registro foram os oráculos da antiguidade clássica. Contam os livros de história que reis e generais gregos costumavam recorrer aos oráculos antes tomar decisões importantes que envolviam questões de vida ou de morte.


Na semana passada, a revista Época trouxe uma matéria destacando exemplos de conselhos seguidos por várias personalidades. O A idéia é selecionou alguns destes conselhos e conversou com outras pessoas a respeito do assunto. Esta seleção pode ser conferida a seguir:


Nunca se explique: "Era 1964. Eu tinha 30 anos e estava fazendo pós-graduação nos Estados Unidos. No Brasil, o golpe militar trouxe um clima em que qualquer coisa era subversão. Não era preciso fazer nada para ir preso. Muitos amigos meus foram assassinados. Eu escrevia artigos falando de liberdade, nada explícito contra o regime, mas é claro que eu era contra ele. E assim ganhei inimigos. Eu tinha sido pastor. Pessoas que não gostavam de mim dentro da igreja começaram a me fazer acusações. Nada era claro. Nunca sabemos direito como são as coisas. Chegavam mensagens do tipo ‘consta que existe um documento contra você’ e tal. Eram ameaças. E, naquela época, até provar que focinho de porco não era tomada elétrica... Eu quis me defender. Publiquei artigos em revistas americanas para me explicar. Não houve repercussão. Foi então que meu professor de filosofia na universidade, muito sábio, me deu o melhor conselho que já me deram na vida. Ele me disse: ‘Rubem, nunca se explique. Para seus amigos, não é preciso se explicar. Para seus inimigos, é inútil se explicar’. Eu tentei seguir o conselho. Sempre tento, mas muitas vezes eu desobedeço. Ninguém segue conselho, né?" (Rubem Alves, escritor)


Somos todos seres iguais: "Certa vez, eu estava melindrada por ter de conversar com o reitor da universidade onde estudava. Eu tinha 19 anos, e meu pai me disse: ‘Nunca tenha medo ou timidez ao falar com quem quer que seja. Lembre-se sempre de que somos todos homens mortais, iguais, acima de qualquer cargo, profissão e status. Mesmo se estiver diante da maior autoridade que você reconheça, encare-a de igual para igual. Nem de cabeça baixa, pois não deve ter vergonha, nem de nariz em pé, pois tem de manter a humildade. Encare-a de frente, como iguais que são’. Essas palavras me acompanham sempre, são como um eco do meu pai em mim. Sempre fui muito respeitosa, quase tímida quando mais menina, e sempre tive medo de dizer não, de desagradar. Uma terapeuta me disse uma vez que eu sou uma pessoa que gosta de agradar. É verdade. Mas o conselho do meu pai me ajuda até hoje a não ter medo de me colocar, de questionar. Ele me fez ser mais forte e confiante." (Juliana Paes, atriz)


Antes de adiar algo importante, pense ‘por que tem medo de executar essa tarefa?’:

“A conclusão que podemos tirar, observando as pessoas (e, principalmente, a nós mesmos) é que esse conselho se aplica a várias coisas na vida. Quando você desconta um sentimento em alguém; evita uma pessoa ou assunto; desiste de um compromisso ou até mesmo quando deixa "as coisas" para a última hora, tudo isso são maneiras diferentes de adiar resoluções importantes. É comum condenarmos a mentira. Mas a omissão, muitas vezes, pode causar tantos prejuízos quanto um falso testemunho. Se olharmos com atenção, adiar atividades é o mesmo que omitir para si mesmo aquilo que incomoda. Escondemos de nós mesmos o que nos dá medo. E como pra tudo há uma justificativa, fica aqui mais um conselho: toda vez que estiver inquieto(a), seja honesto consigo mesmo e pergunte-se: o que realmente me incomoda?” (Monica Pinheiro, jornalista)



domingo, 7 de março de 2010

Em busca do Equilíbrio

A natureza é o maior exemplo de equilíbrio

Ah se parássemos um pouquinho a nossa rotina. Poderíamos observar que grande parte dos nossos males se originam da falta de equilíbrio. Assim, poderíamos mudar de postura e buscar o equilíbrio nas nossas vidas, na relação com a natureza e com o próximo.

Já observaram como a natureza é perfeita? Como tudo tem seu tempo, acontece na hora certa, numa perfeição que até hoje a ciência não consegue explicar? O segredo disso tudo é simples: a natureza funciona em perfeito equilíbrio. Mas quando, porventura, este equilíbrio é abalado, o resultado nós já sabemos: temporais, terremotos, aquecimento global, fome, miséria e por ai vai.

Contudo, encontrar este equilíbrio não é uma das tarefas mais fáceis, caro leitor. O ser humano tem uma tendência nata ao exagero. Muitos não sabem a medida certa: bebem, amam, sujam, gritam, comemoram demais. Perceberam como até as coisas boas quando passam do ponto são prejudiciais? “Tudo que é demais, enjoa”, olha ai a sabedoria popular nos aconselhando a buscar o equilíbrio.

A busca do equilíbrio em todas as áreas das nossas vidas pode ser o segredo do sucesso e do bem-estar consigo mesmo. Até mesmo porque é muito difícil ficar plenamente bem quando alguma área da vida está fora do eixo.

Quer um conselho, comece a observar mais a natureza e tente trazer este equilíbrio para a sua vida. Comece buscando a medida certa, daqui a pouco você encontra a dose ideal, fuja do exagero!

Na busca do equilíbrio, siga esta idéia:

Noites de sono bem dormidas são essenciais para o equilíbrio do nosso corpo e da nossa mente. Portanto, algumas dicas: tenha entre 7 e 9 horas de sono diariamente; evite “beliscar” comida antes de dormir e ingerir líquidos; desligue todos os aparelhos que emitam luzes piscando - você pode achar que não está vendo nada, mas seu cérebro vê; evite despertadores barulhentos e prefira os que aumentam o som gradualmente; e tente ir para a cama mais cedo.
As dicas acima foram sugeridas por especialistas no programa Alternativa Saúde, do canal GNT.

Imagem: Ligia Borges

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Isso vai passar



Por hoje... pensemos na idéia a seguir:

A tradição ‘sufi’ conta a história de um rei que vivia cercado de sábios. Certa manhã, enquanto conversavam, o rei mostrava-se mais calado que de costume.

“O que passa com Vossa Majestade?”, perguntou um dos sábios.

“Estou confuso”, respondeu o rei. “Às vezes, me deixo dominar pela tristeza, sinto-me impotente diante de minhas tarefas. Outras vezes, fico embriagado com o poder que tenho. Gostaria de um talismã que me ajudasse a estar em paz comigo”.

Os sábios – surpresos por tal pedido – ficaram longos meses confabulando. No final, foram até o rei com um presente.

“Gravamos palavras mágicas no talismã. Leia-as em voz alta, sempre que estiver muito confiante, ou triste demais”, disseram.

O rei olhou o objeto que havia pedido. Era um simples anel de ouro e prata, mas com uma inscrição: “Isso vai passar”.

A ideia de tudo isso é: por pior ou melhor que seja o momento pelo qual passa, lembre-se sempre: Isso também vai passar.

Imagem: Ligia Borges

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A palavra de ordem é sustentabilidade

Do jeans às compras públicas a ideia é a sustentabilidade. Nunca se falou e escutou-se tanto falar de preservação ambiental, mudanças climáticas, aquecimento global, eco bags, reciclagem. Estas são as palavras de ordem da mídia, dos discursos de autoridades, das empresas, dos ambientalistas, é claro. Mas o que vem a ser essa tal de sustentabilidade?


O conceito não é tão recente. Surgiu por volta dos anos 70, quando despontou com força a ideia de Desenvolvimento Sustentável, ou seja, começou-se a pensar num modelo de desenvolvimento econômico, político, social, cultural e ambiental equilibrado. A chave do desenvolvimento sustentável é a satisfação das necessidades da geração atual, sem comprometer a sobrevivência das gerações futuras.


Hoje, os desastres ambientais, as catástrofes, o consumo desenfreado, o aumento nas temperaturas, o acúmulo e o excesso de tudo tem obrigado as pessoas a retomarem este conceito, a fim de garantir a própria existência do planeta (sem exageros), num futuro próximo.


Aqui no Brasil, o Governo Federal resolveu dar o exemplo: uma Instrução Normativa do Ministério do Planejamento, de janeiro deste ano, determina que a sustentabilidade seja um dos critérios utilizados na aquisição de bens e na contratação de obras e serviços da Administração Pública. Com esta atitude, espera-se também que a máquina pública utilize os recursos públicos de forma sustentada, visando à economia e à redução do consumo de energia e água, assim como a utilização de tecnologias e materiais que reduzam o impacto ambiental.


Na outra ponta, os empresários também estão ligados na sustentabilidade. A indústria da moda, por exemplo, tem incorporado este conceito no desenvolvimento de peças de roupas orgânicas, projetadas de forma a economizar água, sabão e energia. É o caso do jeans ecológico. Segundo a Revista Istoé, a novidade foi apresentada numa feira sobre sustentabilidade em Berlim no ano passado.


Aqui no Brasil, uma empresária resolveu adaptar as técnicas e desenvolveu o jeans que não é lavado nem precisa passar. A peça fica limpa apenas no processo de congelamento, no freezer caseiro. O material do qual é feito as roupas é orgânico (algodão, fibras e tingimentos) e não leva agrotóxico em nenhuma das etapas- da matéria-prima á confecção. Mas aviso aos navegantes, o preço do jeans ainda não é tão acessível. Deve ficar em torno de R$ 300.Contudo, vale lembrar que existem “Ns” formas de ser sustentável. Para finalizar, uma pequena listinha:



  • Apague a luz quando não estiver num ambiente;
  • Evite deixar os aparelhos no modo stand by, eles continuam consumindo energia;
  • Feche a torneira enquanto escova os dentes. O mesmo vale para o chuveiro;
  • Utilize o transporte público, a bicicleta, seus pés para se deslocar para o trabalho, escola, etc;
  • Economize papel, imprima só quando for realmente necessário.


Imagem: Revista Istoé