
Faz pouco tempo que descobri Mario Quintana. Já tinha visto falar da sua poesia. Nos tempos de escola, em algumas frases soltas, deslocadas aqui e ali presentes em calendários, em perfis de Orkut, mensagens pessoais de MSN e Gtalk (programas de conversas instantâneas da Internet), em correntes de e-mails encaminhadas com aquelas músicas instrumentais com slides de paisagens bonitas de apresentações em PowerPoint . Uma das mais clássicas certamente, pronunciada por muitas pessoas por aí, é o poeminha do contra: “Todos estes que aí estão atravancando o meu caminho, eles passarão, eu passarinho”.
Estes dias me chamou atenção um poema do autor que falava sobre a vida. O poema estava num mural, na recepção de um estabelecimento. Pregado bem no alto, com tachinhas coloridas dizia o seguinte:
Estes dias me chamou atenção um poema do autor que falava sobre a vida. O poema estava num mural, na recepção de um estabelecimento. Pregado bem no alto, com tachinhas coloridas dizia o seguinte:
“ A vida são deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já é Natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida...
Quando se vê, passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava
o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca
dourada e inútil das horas...
Seguraria o meu amor, que está a muito à minha frente, e diria
Eu te amo...
Dessa forma, eu digo: não deixe de fazer algo que gosta devido
à falta de tempo.
Não deixe de ter alguém ao seu lado
por puro medo de ser feliz.
A única falta que terás será desse tempo que infelizmente...
não voltará mais.”
(Mario Quintana)
De repente ao ler aquele poema pregado no mural comecei a pensar: não poderia estar em lugar mais oportuno. Bastante sábia a pessoa que teve a IDEIA de colocá-lo ali, à vista de todos. Um belo recado para os que entrarem naquele estabelecimento, mas só para aqueles que passarem na recepção, se identificarem, levantarem os olhos, e por 3 minutinhos do seu tempo olharem para a VIDA em volta, se deparando com aquele mural.
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