sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A Vida

Relógio distorcido, obra do pintor Surrealista Salvador Dali

Faz pouco tempo que descobri Mario Quintana. Já tinha visto falar da sua poesia. Nos tempos de escola, em algumas frases soltas, deslocadas aqui e ali presentes em calendários, em perfis de Orkut, mensagens pessoais de MSN e Gtalk (programas de conversas instantâneas da Internet), em correntes de e-mails encaminhadas com aquelas músicas instrumentais com slides de paisagens bonitas de apresentações em PowerPoint . Uma das mais clássicas certamente, pronunciada por muitas pessoas por aí, é o poeminha do contra: “Todos estes que aí estão atravancando o meu caminho, eles passarão, eu passarinho”.

Estes dias me chamou atenção um poema do autor que falava sobre a vida. O poema estava num mural, na recepção de um estabelecimento. Pregado bem no alto, com tachinhas coloridas dizia o seguinte:



“ A vida são deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já é Natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida...

Quando se vê, passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava
o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca
dourada e inútil das horas...
Seguraria o meu amor, que está a muito à minha frente, e diria
Eu te amo...

Dessa forma, eu digo: não deixe de fazer algo que gosta devido
à falta de tempo.
Não deixe de ter alguém ao seu lado
por puro medo de ser feliz.
A única falta que terás será desse tempo que infelizmente...
não voltará mais.”
(Mario Quintana)


De repente ao ler aquele poema pregado no mural comecei a pensar: não poderia estar em lugar mais oportuno. Bastante sábia a pessoa que teve a IDEIA de colocá-lo ali, à vista de todos. Um belo recado para os que entrarem naquele estabelecimento, mas só para aqueles que passarem na recepção, se identificarem, levantarem os olhos, e por 3 minutinhos do seu tempo olharem para a VIDA em volta, se deparando com aquele mural.

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